O Que Sabemos Sobre Dieta e Prevenção da Doença de Alzheimer?
Atenção à Obesidade
16 de abr. de 2025



Comer um alimento específico ou seguir uma dieta particular pode ajudar a prevenir ou retardar a demência causada pela doença de Alzheimer?
Muitos estudos sugerem que o que comemos afeta a capacidade do cérebro envelhecido de pensar e lembrar. Essas descobertas levaram à pesquisa sobre padrões alimentares gerais e sobre se a dieta de uma pessoa pode fazer diferença.
Padrões alimentares saudáveis têm sido associados a benefícios cognitivos em estudos, mas mais pesquisas são necessárias — e estão em andamento — para determinar se o que comemos pode prevenir ou atrasar o Alzheimer ou o declínio cognitivo relacionado à idade.
Como o que comemos poderia afetar nosso cérebro?
É possível que a dieta influencie mecanismos biológicos, como o estresse oxidativo e inflamação, que estão na base do Alzheimer. Comer certos alimentos pode aumentar nutrientes que protegem o cérebro por propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Pode inibir o depósito de beta-amiloide, encontrado no cérebro de pessoas com Alzheimer, ou melhorar o metabolismo celular de formas que protejam contra a doença.
Ou talvez a dieta afete indiretamente outros fatores de risco para Alzheimer, como diabetes, obesidade e doenças cardíacas. Por exemplo, a dieta ocidental típica aumenta o risco cardiovascular, possivelmente contribuindo para o envelhecimento cerebral mais rápido.
Uma área crescente de pesquisa investiga a relação entre os micróbios intestinais — organismos minúsculos no sistema digestivo — e os processos relacionados ao envelhecimento que levam ao Alzheimer. É preciso também considerar o papel importante da atividade física e exercício, e como isso interage com dieta, saúde cardiovascular e cerebral.
Compreendendo as dietas Mediterrânea e MIND.
Antes de iniciar qualquer mudança alimentar, é importante conversar com seu médico, que pode dar orientações personalizadas considerando seu histórico e condições médicas.
Com isso em mente, há duas dietas que pesquisas indicam terem benefícios potenciais para a saúde cognitiva, embora as evidências ainda sejam misturadas.
A dieta Mediterrânea enfatiza frutas, legumes, grãos integrais, leguminosas, peixes e frutos do mar, gorduras insaturadas como azeite de oliva, e quantidades baixas de carne vermelha, ovos e doces.
A dieta MIND (Intervenção Mediterrânea-DASH para Retardo Neurodegenerativo) é uma combinação das dietas Mediterrânea e DASH (Dietas para Parar a Hipertensão). Vários estudos mostram que tratar e reduzir a pressão alta pode ajudar a diminuir o risco de demência.
Semelhante à dieta Mediterrânea, a dieta MIND inclui vegetais, especialmente folhas verdes; frutas vermelhas em vez de outras frutas; grãos integrais; feijões; nozes; uma ou mais porções semanais de peixe; e azeite de oliva. Limita carnes vermelhas, doces, queijos, manteiga/margarina e alimentos rápidos/fritos.
Alguns, mas não todos os estudos observacionais mostram que as dietas Mediterrânea e MIND são associadas a menor risco de demência em comparação com a dieta ocidental, que normalmente tem mais carne vermelha, gorduras saturadas e açúcar.
Entretanto, um recente ensaio clínico alocou 600 idosos com histórico familiar de demência em grupos de dieta MIND ou controle. Os resultados mostraram que o grupo da dieta MIND teve pequenas melhorias cognitivas semelhantes ao grupo controle com restrição calórica leve.
Pesquisas anteriores apontam que essas dietas podem retardar o declínio cognitivo, diminuir o risco de demência e reduzir danos cerebrais relacionados. Eis as evidências:
Estudos observacionais com mais de 900 idosos sem demência mostraram que seguir rigorosamente a dieta MIND associou-se a menor risco de Alzheimer e declínio cognitivo mais lento.
Em março de 2023, cientistas estudaram cérebros de cerca de 600 idosos com média de 91 anos falecidos. A autópsia revelou que quem seguia as dietas Mediterrânea ou MIND apresentava menos lesões típicas do Alzheimer, como emaranhados tau e placas amiloides.
Um estudo observacional com 116 adultos cognitivamente normais observou que quem seguia dieta Mediterrânea apresentava regiões corticais cerebrais mais espessas do que os demais. Essas regiões diminuem no Alzheimer, sugerindo benefício cognitivo.
Outro estudo mostrou menor metabolismo de glicose e maiores níveis da proteína beta-amiloide — características do Alzheimer — em pessoas que não seguiam de perto a dieta Mediterrânea, comparadas às que seguiam.
Uma análise sobre dieta e outros fatores indicou que, após 4,5 anos em média, os que seguiram mais de perto a dieta MIND tiveram 53% menos Alzheimer que os que não seguiram.
Estudo semelhante associou a dieta MIND à redução significativa do declínio cognitivo em quase cinco anos.
Os Estudos sobre Doenças Oculares Relacionadas à Idade originalmente investigaram dieta e doenças oculares. Análises posteriores mostraram que os que seguiam dieta Mediterrânea tinham menor risco de problemas cognitivos e mantinham melhor função cognitiva.
O que sabemos sobre alimentos individuais?
Muitos alimentos — mirtilos, verduras e curcumina (da cúrcuma) entre outros — foram estudados quanto ao benefício cognitivo. Supõe-se que tais alimentos tenham propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes ou outras que protegem o cérebro. No entanto, até agora não há evidência de que comer ou evitar um alimento específico previna Alzheimer ou declínio cognitivo.
Cientistas continuam buscando pistas. Um estudo recente mostrou que uma molécula do chá verde dissolve emaranhados tau, proteínas que se acumulam no Alzheimer. Com esse achado, foram identificados candidatos a medicamentos. Outro estudo, baseado em relatos alimentares de idosos, indicou que comer diariamente folhas verdes como espinafre está associado a declínio cognitivo mais lento, possivelmente por efeitos neuroprotetores de nutrientes.
Pesquisas também mostraram que dieta com consumo regular de peixe está associada a melhor função cognitiva e desaceleração do declínio com a idade. Outro estudo em camundongos indicou que consumir muito sal aumentava proteína tau e causava prejuízo cognitivo.
E vitaminas e suplementos?
Estudos observacionais e ensaios clínicos investigaram vitaminas e suplementos como B, E e ginkgo biloba para prevenir Alzheimer ou declínio cognitivo. A hipótese era que essas substâncias combatem danos oxidativos, inflamação ou protegem neurônios.
Mas, apesar de resultados iniciais promissores, nenhum deles foi comprovado para prevenir Alzheimer em seres humanos. As evidências são fracas, pois muitos estudos são pequenos ou de curta duração.
Por exemplo, estudos com DHA (ácido docosahexaenoico), um ômega-3 presente em salmão e outros peixes, mostraram que reduz placas amiloides em camundongos. Ensaios clínicos em humanos têm resultados mistos. Em um estudo com 485 idosos com declínio cognitivo, suplemento diário de DHA melhorou aprendizado e memória comparado a placebo em 24 semanas. Outro estudo com 4.000 idosos, focado em doença ocular, concluiu que ômega-3 isolado não retardou declínio cognitivo.
No momento, nenhuma vitamina ou suplemento é recomendado para prevenção. No entanto, um estudo de 2023 mostrou que multivitamínicos melhoraram testes de memória em idosos comparados a placebo. Um estudo de 2022 mostrou melhorias em várias funções cognitivas com uso diário de multivitaminas. Mesmo assim, são achados preliminares que requerem mais pesquisa.
Apesar da ampla oferta, muitos outros suplementos não foram testados e sua segurança e eficácia são desconhecidas. Podem ainda interagir com medicamentos.
Para mais informações, acesse a página seusite/apagina.com.br sobre suplementos dietéticos e função cognitiva.
Relação entre sistema digestivo e cérebro.
Há crescente evidência da conexão entre o cérebro e o microbioma intestinal — comunidade de vírus, bactérias e outros microrganismos do sistema digestivo.
Pesquisadores analisam como envelhecimento, dieta e ambiente podem alterar a comunicação entre sistema digestivo e cérebro, impactando a saúde cognitiva. Saiba mais em nosso artigo “Além do cérebro: o microbioma intestinal e a doença de Alzheimer.”
Pesquisadores continuam buscando respostas.
As investigações seguem ampliando o entendimento sobre dieta e saúde cognitiva. Cresce o interesse por Alzheimer como doença metabólica que afeta o cérebro e pelos biomarcadores da doença — indicadores biológicos medidos no organismo — como o metabolismo da glicose. Além da dieta Mediterrânea e suas variações, investigam-se outras dietas, alimentos e nutrientes.
Por exemplo, a dieta cetogênica, rica em gorduras e pobre em carboidratos, estimula a produção de cetonas que auxiliam o funcionamento cerebral. Estudos em modelos animais e tecidos humanos indicam que a dieta cetogênica pode melhorar a energia celular cerebral e a função geral. Um pequeno estudo com 10 participantes que seguiram a dieta cetogênica por três meses apresentou melhora significativa em testes cognitivos.
Há também interesse científico nos benefícios do jejum intermitente ou restrição calórica para saúde cerebral e longevidade. Pesquisas continuam para entender efeitos sobre resistência à insulina e saúde cognitiva.
Para saber mais solicite sua consulta comigo.
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